- Área: 230 m²
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Fotografias:Joaquín Busch, Björn Asmussen, Christian Bauer, Candido Hermida
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Fabricantes: Porcelanosa Grupo
Descrição enviada pela equipe de projeto. Após haver completado o Pavilhão das Borboletas na Ilha Noor no meio da capital do Emirado Árabe de Sharjah em dezembro, o estúdio alemão 3deluxe divulga agora a primeira imagem de outro elemento na ilha Noor Island: o Borboletário.
Na ilha-lagoa, os arquitetos estão projetando um parque de 2,5 hectares de paisagem transmidiática, costurado com um conjunto de vários pavilhões e edifícios temáticos. Após a abertura do parque no final do ano passado, foram acrescentadas novas atrações nos meses que seguiram.
O Borboletário se encontra no centro do Pavilhão das Borboletas, na sombra de sua representativa cobertura dourada. A arquitetura poligonal forma um ecossistema artificial: a floresta tropical é o seu biótopo - povoada com uma infinidade de borboletas - que se encontra dentro de uma envoltória climática fechada. A estrutura metálica da biosfera é revestida com uma construção de vidro que de forma simples proporciona uma barreira mínima entre o interior e exterior. Aberturas zenitais orgânicas proporcionam vistas espetaculares sobre a estrutura de sombreamento e permite que as sombras das lâminas douradas entrem no Borboletário. Luz e sombra que penetram definem sua ambiência.
Ao projetar o Parque da Ilha Noor, os arquitetos assumiram a pronunciação dos novos espaços urbanos e proporcionam aos visitantes a oportunidade de explorar sua cidade emocional, intelectual e fisicamente. O projeto realizado por André Heller e pela estatal de desenvolvimento Shurooq põe em prática ideias de projeto interdisciplinar sem estar limitado por considerações puramente funcionais e baseadas nos benefícios. O projeto combina uma grande quantidade de elementos estéticos em uma linguagem arquitetônica interdisciplinar que se estende pelo espaço e as culturas. Numerosas instalações e estruturas pequenas, plantas pouco comuns e trilha sonora conferem uma experiência holística multi-sensorial. O biótopo da floresta tropical cobre 230 m² e conta com mais de 500 borboletas exóticas, vindas da Malásia duas vezes por semana, se desenvolvem nesta biosfera e podem ser observadas durante as etapas de seu desenvolvimento.
A cobertura transparente possui entre 3,5 e 5,5 metros de altura. O vidro cobre toda a superfície, e ao olhar as aberturas zenitais é possível perceber a forma orgânica e a estrutura dourada na parte superior.
O conjunto exprime o princípio de desenho das "atmosferas em multicamadas": no interior, uma paisagem ondulada de material mineral termo-formado Krion mescla o horizontal e o vertical. O quebra-cabeças tridimensional é fabricado em um processo tecnicamente sofisticado e faz uma alusão ao terreno natural. Tubos de plantas são integrados em sua forma, os visitantes ingressam em um conjunto único de paredes, piso e céu. Caminhos de madeira conduzem o visitante através de uma paisagem artificial que elimina todos os limites dos espaços tradicionais. O material mineral é impresso com padrões repetitivos e adornos da cobertura dourada e em algumas partes abriga iluminação. Um gráfico tridimensional foi criado através de uma impressão especial. A natureza parece estar crescendo do padrão gráfico floral do material, que parece ser terra ou um jardim vertical, dependendo de sua posição.
As borboletas que prosperam neste ambiente têm uma vida média de uma semana após a eclosão de seus casulos. É fundamental manter as condições climáticas adequadas para o seu bem-estar; para isso foi criado um biótopo com uma temperatura ambiente constante de 26 ° C e uma umidade atmosférica elevada. Os visitantes têm a oportunidade de encontrar os insetos voadores de perto, por exemplo, em um dos locais de alimentação com água com açúcar e frutas. Ou podem segui-las voar pelas plantas, folhas e ornamentos do mundo tropical.
No Borboletário, as camadas e sobreposição de sombras, projeções, plantas reais e impressas, as cores das asas de borboletas fazem parte de um conjunto orgânico e em movimento que estabeleceram categorias para as paredes, solo e cobertura que se dissolvem em um movimento brilhante. O natural se torna artificial e o antropogênico se assemelha à natureza.